Mais um dia em que acordei a pensar em ti...
É estranho que a tua imagem,
a imagem que me ocorre quando te penso,
e é amiúde,
nunca é a de hoje,
a de agora,
a destes momentos negros...
A imagem que tenho de ti
é a que te sei desde sempre!
Não te vejo o sorriso oco,
não te vejo os olhos baços,
não te vejo os braços caídos,
não te vejo a alma seca,
não te vejo as lágrimas amargas,
não te vejo a sombra que te escurece os dias e as noites...
Vejo-te a ti
De cara em luz
e alma em fogo
De coração aberto
e sorriso escancarado
De mãos em punho em luta permanente
por momentos de alegria e de paz.
Vejo-te a ti.
Não como te vejo
mas como te sei.
Dina Cruz
Há momentos na vida em que descobrimos que damos demasiada importância aos grãos de pó... Nesses momentos, encontramos, na alma, um lugar muito grande, onde guardamos só mesmo os que mais amamos...
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Chove
Chove.
Lá fora.
Dentro de nós.
Mas a chuva não cabe
no abraço que te ofereço.
Nesse...
Só o Sol.
Só o azul.
Dina Cruz
Lá fora.
Dentro de nós.
Mas a chuva não cabe
no abraço que te ofereço.
Nesse...
Só o Sol.
Só o azul.
Dina Cruz
Pudéssemos nós...
Traz-me ocupada constantemente esta angústia de nada poder.
E de sermos tão pouco
E de estarmos sempre tão longe de sítio nenhum
E de a cada segundo pensar que posso não ter nada
e ainda assim perder tanto...
É tão doloroso para a alma
que chega a doer no corpo!
Há situações em que somos tão pouco.
Podemos nada!
Pudéssemos nós...
Dina Cruz
E de sermos tão pouco
E de estarmos sempre tão longe de sítio nenhum
E de a cada segundo pensar que posso não ter nada
e ainda assim perder tanto...
É tão doloroso para a alma
que chega a doer no corpo!
Há situações em que somos tão pouco.
Podemos nada!
Pudéssemos nós...
Dina Cruz
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Hoje foi a minha vez...
A minha vez de precisar que soubesses,
como sempre soubeste,
que o meu ombro é teu...
Que as tuas lágrimas
são também as minhas lágrimas...
Que tenho pena de que o teu sorriso de hoje
não seja o sorriso que te sei...
Não estás só nesse imenso deserto
em que se converteram os teus dias!
Não estás só!
Nunca estarás só!
Só estarás só,
se, expressamente, implorares:
DEIXEM-ME SÓ!
Dina Cruz
A minha vez de precisar que soubesses,
como sempre soubeste,
que o meu ombro é teu...
Que as tuas lágrimas
são também as minhas lágrimas...
Que tenho pena de que o teu sorriso de hoje
não seja o sorriso que te sei...
Não estás só nesse imenso deserto
em que se converteram os teus dias!
Não estás só!
Nunca estarás só!
Só estarás só,
se, expressamente, implorares:
DEIXEM-ME SÓ!
Dina Cruz
domingo, 7 de novembro de 2010
Só,
num quarto gelado e branco,
ofereceram-te, sem enlevo,
uma palavra amarga
corrosiva
que te doeu na pele
que te esfacelou a alma.
Não te deram um abraço.
Não te deram um sorriso.
Não te deram uma lágrima
que justificasse as tuas.
Apenas uma palavra
um vocábulo seco e acre
pedra-gume-lume-bala...
E abandonaram-te no branco gelado do quarto.
Só.
E um sabor amargo na boca
nas mãos,
na alma...
Arrancarão de ti
um pedaço de ti.
Mas arrancarão mais...
Arrancar-te-ão o sorriso pleno
dos dias azuis.
Aguardamos
com esperança e pressa
a Primavera
e o azul dos céus e dos dias...
Dina Cruz
num quarto gelado e branco,
ofereceram-te, sem enlevo,
uma palavra amarga
corrosiva
que te doeu na pele
que te esfacelou a alma.
Não te deram um abraço.
Não te deram um sorriso.
Não te deram uma lágrima
que justificasse as tuas.
Apenas uma palavra
um vocábulo seco e acre
pedra-gume-lume-bala...
E abandonaram-te no branco gelado do quarto.
Só.
E um sabor amargo na boca
nas mãos,
na alma...
Arrancarão de ti
um pedaço de ti.
Mas arrancarão mais...
Arrancar-te-ão o sorriso pleno
dos dias azuis.
Aguardamos
com esperança e pressa
a Primavera
e o azul dos céus e dos dias...
Dina Cruz
Invade-nos o frio.
Cresce um Outono dentro de nós...
Partem aves saudosas
Tombam das árvores
pedaços rubros e dourados,
perdidos,
em voos fulminantes e dispersos...
Nuvens cinzentas encobrem o sol
e o azul dos céus...
Dentro de nós,
que sempre estamos contigo,
há também algo que parte:
mais um pedaço de alma...
E em ti,
apesar dos sorrisos e das graças,
há uma dor que escondes
apenas de quem não te sabe como eu.
Este Outono
é cinzento
é baço
é de partidas e de perdas...
Além do sol
Sabemos que algo mais se perderá
Como o rubro e o dourado das folhas
da grande árvore das nossa vidas...
Da tua vida!
Mas no fim do Inverno,
a Primavera voltará!
E trará de volta
as folhas
as aves
as flores
o sol
os frutos
os sorrisos abertos e doces de uma vida
que floresce e renasce
do frio cinzento dos próximos tempos...
Faremos uma festa
de abraços e de beijos
de canções e de sorrisos abertos
Seremos,
de novo,
felizes a valer.
Quando a Primavera chegar.
E ela sempre chega!
Dina Cruz
Cresce um Outono dentro de nós...
Partem aves saudosas
Tombam das árvores
pedaços rubros e dourados,
perdidos,
em voos fulminantes e dispersos...
Nuvens cinzentas encobrem o sol
e o azul dos céus...
Dentro de nós,
que sempre estamos contigo,
há também algo que parte:
mais um pedaço de alma...
E em ti,
apesar dos sorrisos e das graças,
há uma dor que escondes
apenas de quem não te sabe como eu.
Este Outono
é cinzento
é baço
é de partidas e de perdas...
Além do sol
Sabemos que algo mais se perderá
Como o rubro e o dourado das folhas
da grande árvore das nossa vidas...
Da tua vida!
Mas no fim do Inverno,
a Primavera voltará!
E trará de volta
as folhas
as aves
as flores
o sol
os frutos
os sorrisos abertos e doces de uma vida
que floresce e renasce
do frio cinzento dos próximos tempos...
Faremos uma festa
de abraços e de beijos
de canções e de sorrisos abertos
Seremos,
de novo,
felizes a valer.
Quando a Primavera chegar.
E ela sempre chega!
Dina Cruz
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