Os dias têm sido menos cinzentos.
Ténues laivos de azul revelam-se por entre a névoa.
Já reconheço o teu sorriso.
Já revejo o teu olhar por entre a sombra.
E na alma abre-se-me mais o sorriso.
Dina Cruz
Há momentos na vida em que descobrimos que damos demasiada importância aos grãos de pó... Nesses momentos, encontramos, na alma, um lugar muito grande, onde guardamos só mesmo os que mais amamos...
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Espera
Nascera um dia de chuva no lugar onde faltavas. Chuva intensa e fria,
dessa que entra teimosa pelos ossos dentro e nos enregela a alma. O céu escondia o azul e oferecia-se branco de névoa. E o vento... O vento teimava em despir, frenético, as copas das árvores e uivar incessantemente.
Longe de ti, uma espera ansiosa e magoada. Um vazio de risos e de abraços. Um desejo infindo de regresso...
Volta. Hoje ainda, se puderes.
Dina Cruz
dessa que entra teimosa pelos ossos dentro e nos enregela a alma. O céu escondia o azul e oferecia-se branco de névoa. E o vento... O vento teimava em despir, frenético, as copas das árvores e uivar incessantemente.
Longe de ti, uma espera ansiosa e magoada. Um vazio de risos e de abraços. Um desejo infindo de regresso...
Volta. Hoje ainda, se puderes.
Dina Cruz
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Três dias de Eternidade...
31 de Dezembro
O dia acordou pardo.
Na névoa anteviam-se trovoadas negras.
O fim do ciclo ansiava-se
sofregamente
barbaramente
desesperadamente!
Nas toalhas brancas
iluminavam-se as velas
e apagavam-se os sorrisos...
Em cada face
Em cada olhar
Em cada riso até,
o desejo louco
do fim desta batalha.
E um medo...
Um medo avassalador.
Um medo devorador.
Um medo comum que nos unia
na mesma mesa
na mesma casa
na mesma força
de querer avançar.
Mas o tempo que não se condói
nem dos medos
nem das vontades
avançou.
E foi no momento
em que o mundo todo festejou
que sobre nós se abateu
o silêncio interior da revolta e da esperança.
Novo ano. Nova vida. VIDA!!!
2 de Janeiro
Um nó cego na garganta
e a alma inteira convertida em amargura...
Um fugaz adeus sem despedida.
Um abraço
(o mais apertado que tinha)
na tua alma.
Inteira, a noite
oferece-me a vigília
horas a fio.
E um frio terrível
invade-me o coração parado à espera da manhã.
3 de Janeiro
Na rua chove.
Uma chuva fininha como orvalho.
Na minha alma a trovoada
avassaladora
atroadora
emudece o resto do mundo.
Caminho absorta, fechada, fria.
Um frio que vem de dentro.
Um frio da alma...
A ânsia de te ver.
A ânsia de estar contigo.
A ânsia de ti.
E um medo imenso...
Subo ao sétimo andar
com o coração na mão.
Atravesso o corredor
em corrida temerosa.
Procuro o 25
entre tantos outros números
entre tantos outros quartos
entre tantas outras vidas...
Encontro-te.
Liberta dos braços de Morfeu.
Encontro-te.
E encontro-me no teu sorriso.
E na tua face encontro tudo o que eu queria
A mesma irmã de sempre
O mesmo porto seguro
TU.
Obrigada por estares aqui.
Obrigada por seres quem és e como és.
Dina Cruz.
O dia acordou pardo.
Na névoa anteviam-se trovoadas negras.
O fim do ciclo ansiava-se
sofregamente
barbaramente
desesperadamente!
Nas toalhas brancas
iluminavam-se as velas
e apagavam-se os sorrisos...
Em cada face
Em cada olhar
Em cada riso até,
o desejo louco
do fim desta batalha.
E um medo...
Um medo avassalador.
Um medo devorador.
Um medo comum que nos unia
na mesma mesa
na mesma casa
na mesma força
de querer avançar.
Mas o tempo que não se condói
nem dos medos
nem das vontades
avançou.
E foi no momento
em que o mundo todo festejou
que sobre nós se abateu
o silêncio interior da revolta e da esperança.
Novo ano. Nova vida. VIDA!!!
2 de Janeiro
Um nó cego na garganta
e a alma inteira convertida em amargura...
Um fugaz adeus sem despedida.
Um abraço
(o mais apertado que tinha)
na tua alma.
Inteira, a noite
oferece-me a vigília
horas a fio.
E um frio terrível
invade-me o coração parado à espera da manhã.
3 de Janeiro
Na rua chove.
Uma chuva fininha como orvalho.
Na minha alma a trovoada
avassaladora
atroadora
emudece o resto do mundo.
Caminho absorta, fechada, fria.
Um frio que vem de dentro.
Um frio da alma...
A ânsia de te ver.
A ânsia de estar contigo.
A ânsia de ti.
E um medo imenso...
Subo ao sétimo andar
com o coração na mão.
Atravesso o corredor
em corrida temerosa.
Procuro o 25
entre tantos outros números
entre tantos outros quartos
entre tantas outras vidas...
Encontro-te.
Liberta dos braços de Morfeu.
Encontro-te.
E encontro-me no teu sorriso.
E na tua face encontro tudo o que eu queria
A mesma irmã de sempre
O mesmo porto seguro
TU.
Obrigada por estares aqui.
Obrigada por seres quem és e como és.
Dina Cruz.
Subscrever:
Mensagens (Atom)