Dói.
Não no corpo, apenas.
Dói na alma.
Uma dor fininha
sacana
que nos apaga o sorriso.
Dói olhar-te:
os ossos desfeitos
a pele em fogo
os lábios secos
o olhar cansado
As mão poisadas em desalento mudo
os pés que se arrastam
no denso deserto...
Pudéssemos!
Tivéssemos nós esse poder!!!
Toda a dor se transformaria em pó.
Um pó dourado
como o que te cobre a pele
renascendo em vida!
Azul?
Azul, sim!
Azul é ter a certeza de que
a dor aguda que te corrói
se afunda no sorriso que sempre hasteias
mesmo quando dói sorrir.
E esse teu sorriso eterno
é a bandeira ao vento desfraldada
das vitórias que gritas ao destino!
E nós contigo!
Até ao final desta maldita caminhada!
Até ao final desta negra e dura luta!
Dina Cruz
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