Entraste sem querer na gruta escura e negra
E esvaíram-se as forças que alentavam os teus dias
Nessa gruta
Ao fundo
À tua chegada
Uma sombra negra agigantou-se na penumbra
E alcançou teu peito branco
Perdeste o chão
Perdeste a vista
Perdeste a força
Esvaziou-se o corpo
E cresceu-te na garganta
Um nó cego e seco
Que te embargou as palavras
E os sorrisos
A escuridão invadiu o espaço
E o silêncio foi aterrador.
De mãos vazias
E olhar baço,
Gritaste à noite:
Que faço aqui?
Que destino é este?
Que palavras amargas ofereci?
Que abraço não dei?
Que flor colhi antes da hora?
Que sol escondi na negra noite?
Que mal semeei no verde prado?
Que ventos acordei do calmo sono?
E a sombra negra
Qual gigante Adamastor
Deixou uma lágrima fugir
Abriu as mãos disformes e viscosas
E deixou-te partir.
Dina Cruz
comentário algum, ou um comentário que não sabe ser, lamento comento intento insenso... brincando de uma outra montanha! comentário não... não há...não sei comentar isto... por amor de cristo! não há na terra um pão de açucar!
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